quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A instrução de uma criança não consiste apenas na aquisição desta ou daquela ciência, mas no desenvolvimento geral da inteligência; a inteligência se desenvolve na proporção das idéias adquiridas, e quanto mais idéias se tem, mais apto se é a adquirir novas. A arte do professor consiste na maneira de apresentar estas idéias, no talento segundo o qual ele sabe graduá-las, classificá-las e apropriá-las à natureza da inteligência. Como o hábil jardineiro, ele deve conhecer o terreno em que semeia, pois o espírito da criança é um verdadeiro terreno cuja natureza é preciso estudar; e assim como o talento do jardineiro não se limita a saber colocar plantas na terra, assim o do professor não se limita a fazer aprender os rudimentos. Durante muito tempo, este papel passivo e mecânico pareceu ser o dos homens destinados a formar a juventude e os aparelhos de castigo que eram vistos como inseparáveis de suas funções, eram pouco apropriados a elevá-los na opinião pública. Mas hoje começamos a compreender que eles têm uma missão mais nobre; que para ser um bom professor não lhe basta saber fazer versos latinos, que o pedantismo é o ridículo desta condição.

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